MPF aciona Iphan na Justiça para fazer o tombamento da Igreja de Cococi, Parambu
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A igreja fica no distrito de Cococi, que perdeu o status de município em 1979 e hoje pertence ao território de Parambu. O lugar é conhecido como cidade-fantasma devido à ausência de moradores e às ruínas que ainda existem no território.
De acordo com o MPF, o procedimento de tombamento da igreja foi instaurado em 1998 e há mais de 20 anos não há perspectiva de conclusão.
A ineficiência e morosidade do Iphan em promover a finalização do processo que tem por objeto o tombamento de bem de inegável valor histórico-cultural representa risco de natureza extrapatrimonial, por proteção insuficiente ao patrimônio cultural brasileiro
Adalberto Delgado
Procurador da República
O órgão federal ainda ressalta que a falta de efetividade "acarreta o risco que a Igreja de Nossa Senhora da Conceição seja desvirtuada ou depredada".
Na ação, com pedido de antecipação de tutela, o MPF requer que o processo de tombamento seja finalizado em no máximo 90 dias. Além do Iphan, também são réus na ação o município de Parambu e a União Federal.
O Diário do Nordeste entrou em contato com o Iphan e aguada retorno do órgão.
História de maldição contra Cococi
Em janeiro deste ano, o Diário do Nordeste publicou a matéria "Entre lendas e fatos: as histórias não contadas da cidade-fantasma do sertão cearense". O texto abordou os casos de assombração contados na região, segundo a versão do imaginário popular sobre o abandono de Cococi.
Conta-se que a cidade foi amaldiçoada por um padre. O infortúnio nasceu da disputa entre o religioso e uma importante família do lugar. Por isso, diz a lenda, quando um dos primogênitos do clã faleceu, ele se transformou em serpente. No túmulo, para que não escapasse e tirasse o sossego de todos, sempre precisavam amarrar correntes e passar cimento em cima, vigas de ferro. O temor era de que o caixão se rompesse.
Fonte: Diário do Nordeste
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